Chapada Diamantina, minha casa

Nas lentes do fotógrafo Rui Rezende, todos os ângulos de um dos pedaços mais fascinantes e selvagens do país

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Inspiração

Sala de aula, para o fotógrafo baiano Rui Rezende, é pedra, mato e cachoeira. Sem delongas, ele resume: “A Chapada Diamantina foi a minha escola”. Lá, no meio da Bahia, Rui diz que aprendeu quase tudo o que sabe sobre fotografar na natureza, desde escolher o melhor equipamento até se virar para não morrer de frio ou de fome. Foram 13 anos de vida escolar ali, tempo mais que suficiente não só para tornar-se um ás do clique como para devassar a região por todos os ângulos possíveis. Alguns deles você conhece aqui, uma pequena seleção das mais de 400 imagens publicadas no livro Chapada Diamantina: Um Paraíso Desconhecido, que Rui lançou em 2011.

Melhor escola, por sinal, ele não poderia ter escolhido. Poucos – talvez nenhum – lugares no Brasil concentram tamanha diversidade de paisagens numa única região.

Cardápio farto e vasto para qualquer sujeito com fome de foto. Cachoeiras, há aos montes, incontáveis – muitas, inclusive, à espera de alguém que as batize. As serras, estas já foram todas nomeadas, até por uma questão prática: tão extensa é a Chapada que foi necessário fatiá-la em subcordilheiras, cada qual com sua beleza particular. Entre as serras, e no meio delas também, os milênios cavaram um sem-número de vales, cânions e desfiladeiros, alguns tão grandiosos que são precisos muitos dias para cruzá-los a pé, caso do Vale do Pati. Cavaram-se cavernas também, que escondem raridades como agulhas de gipsita ou flores de aragonita. E ainda rios subterrâneos cuja água cor de turquesa recebe, uma vez ao ano, um facho de luz solar que tem qualquer coisa de celestial.

Aluno aplicado, Rui Rezende esmiuçou a Chapada até onde seus pés lhe permitiram chegar. A certa altura, deixou de interessar-se pelos lugares já consagrados pelo turismo e dedicou-se a varar territórios que até então eram prerrogativa de caçadores ou coletores de sempre-vivas, gente acostumada aos ermos. Vale registrar que a região da Chapada Diamantina, embora protegida por um parque nacional e a cada ano mais cheia de turistas, ainda é um dos lugares mais selvagens do Nordeste. Do tipo em que você caminha durante dias, semanas até, sem topar com outro ser humano.

Rui faz a conta: “Percorri, no total, cerca de 30 mil quilômetros”. No começo, morava em Salvador. Mudou-se para Iramaia, nas franjas da Chapada, para ficar mais perto de sua sala de aula, que agora já parecia mais casa do que escola. Ali residiu ao longo de oito anos. Depois do livro sobre a Chapada, Rui lançou outros seis. O mais recente é sobre sua cidade natal, Amargosa. Chama-se Amargosa- Nossa Terra, Nossa Gente. Sim, a cidade fica na Chapada Diamantina.

Aluno aplicado, Rui Rezende esmiuçou a Chapada até onde seus pés lhe permitiram chegar. A certa altura, deixou de interessar-se pelos lugares já consagrados pelo turismo e dedicou-se a varar territórios que até então eram prerrogativa de caçadores ou coletores de sempre-vivas, gente acostumada aos ermos. Vale registrar que a região da Chapada Diamantina, embora protegida por um parque nacional e a cada ano mais cheia de turistas, ainda é um dos lugares mais selvagens do Nordeste. Do tipo em que você caminha durante dias, semanas até, sem topar com outro ser humano.

Rui faz a conta: “Percorri, no total, cerca de 30 mil quilômetros”. No começo, morava em Salvador. Mudou-se para Iramaia, nas franjas da Chapada, para ficar mais perto de sua sala de aula, que agora já parecia mais casa do que escola. Ali residiu ao longo de oito anos. Depois do livro sobre a Chapada, Rui lançou outros seis. O mais recente é sobre sua cidade natal, Amargosa. Chama-se Amargosa- Nossa Terra, Nossa Gente. Sim, a cidade fica na Chapada Diamantina.