Montanha mágica

Vales com estradinhas panorâmicas, riachos, cachoeiras e matas selvagens fazem da Cuesta de Botucatu o paraíso da aventura

Montanha mágica

Vales com estradinhas panorâmicas, riachos, cachoeiras e matas selvagens fazem da Cuesta de Botucatu o paraíso da aventura

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Inspiração

O posto Rodoserv Stop, no km 193 da rodovia Castello Branco, em São Paulo, é um dos portais de entrada da cuesta de Botucatu. A palavra, espanhola, designa um tipo de relevo em que colinas e montes têm declive assimétrico – suaves de um lado, íngremes do outro. De uma beleza incomparável, permeada por riachos, cachoeiras, mata selvagem e vales cortados por estradinhas de terra panorâmicas, a região engloba nove municípios: Angatuba, Guareí, Torre de Pedra, Porangaba, Bofete, Pardinho, Botucatu, Itatinga, Avaré. Beleza, topografia e uma rica geografia humana fizeram da cuesta um paraíso dos esportes de aventura. O lugar perfeito para praticar 4×4, mountain biking, escalada, motocross, voo livre, caminhada, exploração de cavernas, cavalgada, rapel. Ou simplesmente descansar olhando o verde das montanhas.

Comece subindo a serra pela estrada municipal João Emílio Roder. No km 5, placas anunciando pimenta caseira, mel puro e queijo fresco avisam a chegada à fazenda Alvorada do Santo Inácio. Lá topamos com seu João Batista Martins, paranaense de Ribeirão Claro, 63 anos, há 18 no local. À sombra de uma amoreira frondosa, cercado por flamboyants, seu João nos apresentou aos produtos locais – café, mel silvestre, queijo frescal e meia-cura. “Tudo feito aqui, tudo da marca Da Serra”, explicou. Continuamos subindo.

Parada seguinte: o Cuesta Café, a 901 metros de altitude. Todo de madeira e vidro, o local já virou ponto de parada obrigatório dos motociclistas que buscam nas curvas da montanha uma dose extra de adrenalina. O Cuesta, um deck-belvedere lançado sobre o nada, com uma vista panorâmica inesquecível, também é bastante procurado por casais.

Quem gosta de música caipira precisa conhecer Pardinho, pouco adiante. Ali, uma vez por mês, nos sábados pela manhã, pode-se ouvir ao vivo as melhores duplas do gênero. Tudo patrocinado pelo Centro Max Feffer, que fica num arrojado prédio de concepção futurista assinado pela arquiteta Leiko Motomura. Chama atenção o enorme telhado de bambu amarrado, apoiado em estrutura de eucalipto, que lembra o do aeroporto de Barajas, em Madri, Espanha.

Em Pardinho, pegue a antiga estrada do Picadão, hoje rodovia municipal Constantino Paoletti. A quase mil metros de altitude, a venda Vivan congrega nos fins de semana motocliclistas, a turma do 4×4, do trekking, ciclistas e… namorados. Pudera: oferece uma das vistas mais espetaculares e românticas: o Gigante Deitado. Ali também se degustam coxinhas, feitas na hora, inigualáveis.

Nos arredores de Botucatu, conhecer o bairro Demétria também é de lei. No segundo sábado do mês, se realiza a feirinha de produtos orgânicos. “O Demétria surgiu em 1974, financiado por Pedro Schmidt, um dos donos da Giroflex e adepto de Rudolf Steiner, o criador da antroposofia”, explica Berenice Balsalobre. Demétria é conhecida nacionalmente como a capital da agricultura biodinâmica.

Engraçado é encontrar, em pleno bairro vegano, um restaurante como o Celeiro. O casal Joana Balsalobre – sobrinha de Berenice – e Porkão Kincey reproduziu ali, no cardápio, na decoração e na música, um pedacinho do sul dos Estados Unidos. As suculentas costelinhas de porco e os espessos steaks de angus e hereford são acompanhados por encorpadas cervejas artesanais. A música é country.

 

Na cidade, reserve o domingo na cidade para visitar o Museu do Café (fazenda Lageado), a cachoeira da Pedreira (fazenda Pavuna), a catedral e almoce no restaurante Basilico. Volte pela Pedra do Índio, com sua espetacular vista para as Três Pedras. Elas formam os pés do Gigante Deitado. Por terra, desça até Bofete, sem pressa e sem se esquecer de um cafezinho na bucólica cantina da Figueira. Ah, o mais importante: encha bem os pulmões. Aproveite os bons ares de Botucatu e sua cuesta.

Como chegar

Pela rodovia Castello Branco, saída no km 193.

Onde comer

Fazenda Alvorada do Santo Inácio
Cuesta Café
Venda Vivan
Restaurante Celeiro
Restaurante Basílico

Visitas

Centro Cultural Max Feffer
Bairro Demétria
Museu do Café
Cachoeira da Pavuna